09/07/2017

Homem-Aranha - Regresso a Casa (Spider-Man: Homecoming - 2017)



Homem-Aranha está na MCU! Não nos vamos debater sobre a colaboração entre a Sony e a Marvel para fazer este filme acontecer, já que isso iria desviar as atenções sobre o que interessa: o filme. Tom Holland, o nosso novo Peter Parker, já nos deu um cheirinho daquilo que é capaz de fazer em “Capitão América - Guerra Civil” por isso, agora com um filme só sobre ele, a expectativa é elevada.
Vários meses após os acontecimentos de “Capitão América - Guerra Civil”, o jovem Peter Parker, sob a tutela de Tony Stark, continua a tentar viver a sua vida como um aluno do secundário, ao mesmo tempo que protege as ruas de Nova Iorque como Homem-Aranha. Mas, com o aparecimento do Abutre, novos desafios vão aparecer para o jovem super-herói.
Tudo aquilo que estamos à espera de um filme da MCU está aqui: cenas de ação, comédia e várias referências a outros acontecimentos deste universo cinematográfico. Só que, enquanto “Homem-Formiga” se debruçou sobre um roubo e “Doutor Estranho” sobre magia, este “Homem-Aranha - Regresso a Casa” é sobre o liceu. Embora tenha muitas semelhanças com os outros filmes, consegue ser suficientemente diferente.
Uma coisa que esta colaboração com a Sony trouxe de positivo foi um maior desenvolvimento do vilão. Ao início saber que o Abutre, interpretado por Michael Keaton, ia ser o antagonista não foi muito entusiasmante mas o filme conseguiu fazer-me mudar de ideias. Não é um vilão que seja mau por ser, tem um motivo razoável, quer apenas ter um meio de sustentar a sua família. É ameaçador na dose certa mas, ao mesmo tempo, tem um código de honra, o que o faz respeitar o aranhiço.
Tom Holland, como o nosso novo Peter Parker, é uma lufada de ar fresco, já que é das poucas vezes em que alguém que está no liceu de facto se parece com alguém que lá deve estar. E o jovem ator consegue uma grande interpretação; a sua personagem quer ser notado pelo seu mentor Tony Stark para se juntar às grandes missões dos Vingadores, mas ninguém lhe dá muita atenção, o que o obriga a ir impedindo crimes só na zona de Nova Iorque. As cenas de ação são mais contidas que nos filmes anteriores e não o vemos a balançar por entre os prédios mas, mesmo assim, são muito bem executadas. Não gostei muito dele ter o fato todo quitado (não que não esteja bem executado e encaixado na história). É que uma das essências do Homem-Aranha é ser ele a criar o seu próprio fato, se ele recebesse este fato mais para o final a coisa seria mais compreensível.
O restante elenco também está muito bom. O melhor amigo do protagonista Ned é aquele que tem reações que seriam de esperar de um estudante, o que nos trazem uma boa dose de realismo ao filme. E Homem de Ferro está na dose certa, não presente demais para roubar o protagonismo, nem pouco que chegue para ser apenas um cameo.
“Homem-Aranha - Regresso a Casa” é uma grande entrada para a MCU e deixa-me com uma grande expetativas para os futuros filme da personagem.


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