14/03/2017

Kong – A Ilha da Caveira (Kong: Skull Island - 2017)



                Depois de “Godzilla”, chega o regresso de King Kong, 12 anos depois da versão de Peter Jackson, e a tentar entrar naquilo que está mais na moda hoje em dia, universos cinematográficos, desta vez uma série de filmes de monstros e juntá-los a todos como amigos ou inimigos.
                No ano de 1973, uma equipa de exploradores viaja até uma ilha misteriosa pela primeira vez, sem saber que, ao fazê-lo, encontrarão uma série de enormes monstros, um dos quais o poderoso Kong.
                Como já foi verificado nos vários trailers lançados, o filme tem uma clara inspiração em “Apocalypse Now”, desde o esquema de cores e imagens até ao tema da Guerra do Vietnam, embora este último ponto seja como plano de fundo, já que não é o destaque principal. Porém esta é uma mudança agradável de “cenário”. Logo aqui marca uma diferença em relação ao último filme que vimos do grande macaco mas as mudanças não se ficam por aí. Não temos a estranha relação com o elemento feminino do grupo de exploradores, nem uma viagem a Nova Iorque para ser exibido para as massas. Assim, ao menos, temos uma versão diferente do que já conhecemos.
                Se estiverem à espera de ver um filme com Kong em destaque e com grandes cenas de ação, podem ficar descansados. Se, por outro lado, estão à espera de muito desenvolvimento das personagens humanas, podem esperar sentados já que vão ficar a perder. Também quem for ver um filme sobre um macaco gigante e estiver antes interessado no passado e no inter-relacionamento dos exploradores, é porque não sabe para o que vai.
                As cenas com Kong estão muito boas, desde o aspeto do enorme macaco (um dos maiores que já visto) até à variedade de inimigos que defronta. E, quase como a compensar o pouco que vimos de Godzilla no seu filme, temos logo um confronto entre Kong e os militares, que mostra logo o ponto de partida para o que aí vem. Já que a ilha da Caveira está habitada por um grande número de fauna, alguns com um look bastante interessante.
                Os elementos humanos não são muito interessantes. Samuel L. Jackson faz de um militar que vê na derrota de Kong a redenção pelo abandono da guerra do Vietnam. Brie Larson interpreta uma fotógrafa (e mais importante, o elemento feminino) que não acrescenta muito ao desenrolar da história, e o mesmo se pode dizer de Tom Hiddleston. Não que não tenham uma boa interpretação, simplesmente não lhes é dado muito para fazer. O melhor é John C. Reilly, como um piloto da Segunda Guerra Mundial que ficou preso na ilha desde essa altura, que tem algumas tiradas cómicas interessantes e nos serve para dar contexto sobre tudo o que se passa à nossa volta.
                Como forma de acrescentar algo ao universo interligado de monstros que vem aí, “Kong - A Ilha da Caveira” é um bom filme. Serve como um caso isolado mas também dá algumas informações para os filmes futuros embora a maior parte delas seja através da cena pós-créditos.
                Se estão à espera de ver um filme com boas doses de ação entre monstros gigantes e humanos, com cores vivas e boa música, este é o vosso filme. Se, por outro lado, querem uma maior profundidade de personagens, é melhor irem ver outra coisa no cartaz.


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