19/02/2017

Vaiana (Moana - 2016)



                A animação da Disney que saiu no final do ano passado e que, recentemente, recebeu duas nomeações para os Óscares foi um sucesso, tanto para a crítica como nas bilheteiras. Mas, será que esta animação com inspirações havaianas merece assim tanta atenção?
                Quando a maldição, causada por um incidente com o semideus Maui, chega à ilha de Vaiana e começa a destruí-la, a protagonista vai ter de responder ao chamamento do Oceano, para encontrar Maui e restaurar o equilíbrio.
                Vamos logo dizer que, em termos técnicos, está tudo impecável, sempre com o selo de qualidade a que o estúdio nos habituou. E, visto que quase todo o filme se passa na água, que é algo muito difícil de recriar digitalmente, o facto de estar bem implementado é um grande feito. Além disso, as tatuagens vivas que percorrem o corpo de Maui estão muito bem implementadas e dão uma nova caraterística ao filme e o seu desenho transporta-me até “Hércules”, outra animação da Disney.
                Mas, também vamos ser honestos, a história não é nada de novo. Segue a mesma fórmula a que já estamos tão habituados: pais que não deixam a filha fazer aquilo a que está destinada, para ela depois fugir para tentar salvar toda a gente e no fim a ser reconhecida por todos. Só que em fórmula vencedora não se mexe e se, até agora, tem funcionado, porquê mudar?
                Mas temos aqui coisas diferentes. É a primeira vez que nos envolvemos na cultura havaiana, principalmente com a sua mitologia e momentos musicais. Assim, a Disney junta mais uma princesa de uma origem diferente às suas fileiras, e já agora muito bem representada. Auli'i Cravalho, que lhe dá a voz na versão original, tem um bom desempenho e tem voz para conseguir dar força às músicas do filme. Dwayne Johnson, que dá a voz a Maui, é uma boa surpresa, já que, geralmente, o ator não faz trabalhos vocais - e em algumas músicas isso nota-se -, mas, mesmo assim, consegue ter a melhor música do filme. E, mesmo a personagem em si é interessante, de alguém que mesmo com tremendo poder precisa da aprovação dos outros.
                Se este tipo de filmes da Disney é algo que gostam, muito dificilmente não vão gostar deste. E já que eu faço parte desse grupo, posso dizer que gostei bastante do filme, embora continue a preferir que “Kubo e as Duas Cordas” ganhe o Óscar para melhor animação.


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