13/01/2017

Rogue One – Uma História de Star Wars (Rogue One - 2016)



                E chegou Dezembro, o que desde o ano passado, quer dizer que temos mais um filme do universo Star Wars. Só que agora, a grande novidade é que não é mais um capítulo da saga principal mas sim um à parte, uma experiência para ver se este universo tem vida para além de seguir os Skywalkers.
                Passado exatamente antes de “Star Wars – Uma Nova Esperança”, seguimos um grupo de heróis improváveis enquanto tentam roubar os planos da Estrela da Morte e assim virar a guerra para o lado da Rebelião.
                Tendo em conta as críticas que vinham do outro lado do Atlântico, parecia que estávamos perante um dos melhores filmes de toda a saga por isso a expectativa era alguma. A reação? Não é a melhor coisa do mundo, mas também não é mau.
                Tem coisas boas? Claro que sim, mau era se fosse uma desgraça completa. Aqui têm-se uma maior noção da influência do Império pela galáxia e como conseguem ser implacáveis.
                Os nossos novos protagonistas foram uma mistura. Enquanto K-2SO, com o seu tom sarcástico e pessimista e as artes marciais de Donnie Yen foram, para mim, uma boa implementação, já a protagonista Felicity Jones já não me despertou um grande interesse. 
                Aqui temos uma Rebelião diferente da que estamos habituados nos primeiros filmes da saga. Onde antes eles eram os bons dos bons sem nada que lhes manche a reputação, aqui vemos o que foram obrigados a fazer, como roubos e assassinatos. Melhor para simbolizar esta mudança foi o Cassian Andor (interpretado por Diego Luna), que já sujou bem as mãos para levar esta Rebelião para a frente. Uma falha é o parco desenvolvimento das personagens em relação às da saga principal mas também, enquanto as outras têm três filmes para se esticar, estas têm de se desenrascar apenas com este.
                A introdução de Orson Krennic do lado do Império foi um ponto positivo. Não é um vilão com apenas sede de poder e que faz tudo bem mas sim alguém que também comete a sua boa dose de falhas, isto permite uma maior compreensão e proximidade com ele. Não que também não faça cenas deploráveis, mas entende-se melhor o porquê.
                Temos também o regresso digital de Governor Tarkin, que demonstra que a tecnologia está a avançar cada vez mais, permitindo fazer coisas que nem se pensavam 10 anos atrás. Darth Vader também dá um saltinho por aqui, que embora só em duas cenas causam um grande impacto (principalmente a segunda).
                Gareth Edwards consegui fazer um “Star Wars” com mais batalhas e com uma vertente de guerra mais sentida que os anteriores. E nada exemplifica mais isso que o terceiro ato, onde há muito a acontecer mas onde nunca nos sentimos perdidos.
                “Rogue One – Uma História de Star Wars” é um bom filme, só que não sabe a muito. Tem grandes doses de nostalgia - e alguma dela era escusada – mas, mesmo assim, sendo o primeiro filme fora da saga principal e sem jedis, até fomos bem servidos.


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