04/11/2016

O Bosque de Blair Witch (Blair Witch - 2016)



"O Projecto Blair Witch" foi um grande sucesso quando saiu e mostrou o género found footage a muita gente e ninguém lhe pode tirar isso. Agora, 17 anos depois, temos uma sequela (parece que toda a gente prefere esquecer "Book of Darkness") só que o cenário já não é o mesmo que em 1999. Found Footage já está mais que batido e cada vez que se lança mais um filme assim, a vontade de o ver não é muita - isto para mim! Agora, se este filme conseguir dar um spin à coisa e trazer coisas novas, ele que venha. 
Depois de encontrar um vídeo na internet onde pensa ter visto a sua desaparecida irmã Heather, James e um grupo de amigos decidem ir até ao bosque onde Heather desapareceu e onde se diz habitar a bruxa de Blair.
O modo como este filme foi apresentado foi, no mínimo, interessante. Primeiro, havia um filme chamado “A Floresta”, com um trailer e tudo mas depois, na Comic-Con San Diego, foi revelado que, na verdade, se tratava de uma sequela de um dos pioneiros do found footage. Por isso, tinha sido uma boa ideia ter lançado o filme um pouco mais perto desta revelação mas estamos quase no Halloween, o que não estraga o timing.
O meu interesse neste filme não era muito porque as críticas gerais desvendavam que que era praticamente semelhante ao primeiro e, tendo-o visto há um par de anos (e não tendo gostado de todo), se calhar quando saiu era mais assustador, mas agora não tanto, por isso a sequela não parecia uma boa experiência. E, durante a primeira parte do filme, é isso que acontece: é-nos apresentado um grupo de amigos, o motivo pelo qual vão para o bosque e porque vão com câmaras. É verdade que assim dá para conhecer mais as personagens e criar uma relação com elas mas algumas cenas podiam ser cortadas.
Depois, na segunda parte, as coisas começam a animar um pouco, com algumas cenas que conseguem compensar o início muito morno. Ainda repete várias coisas do primeiro filme, só que agora dá um passo à frente, mostrando coisas novas e assustadoras (não digo mais para não estragar a surpresa). Isto e juntando novidades, como utilizar um drone e câmaras auriculares com GPS, servem para inovar um pouco. Os elementos do grupo têm interpretações e interações boas o suficiente para fazer o filme avançar.
Uma sequela que superou o original (também não era difícil) e uma boa proposta para a noite de Halloween.


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