Como
manda a tradição, foi lançado o segundo filme da Marvel Studios do ano e desta
vez é a estreia de uma personagem nova, Doutor Estranho. E, se nunca ouviram
falar desta personagem não é de estranhar, já que não tem o destaque de um Capitão
América, mas o mesmo se aplica ao Homem-Formiga e aos Guardiões da Galáxia e
agora ninguém os larga, por isso podemos estar perante mais um grande sucesso.
Stephen
Strange (não o vou chamar Stephen Estranho, isso é apenas parvo) é um famoso
neurocirurgião que tem um ego ao mesmo nível, ou talvez superior, ao de Tony
Stark. Mas depois de um acidente de carro perder o controlo das mãos e após
Strange ter tentado todos os métodos convencionais para restaurar as suas
habilidades, este volta-se para o estranho mundo do misticismo.
Aqui, a
Marvel correu um grande risco nesta personagem. É verdade que tinha dado um pequeno
passo na magia com Thor mas aqui é como mergulhar de cabeça numa grande piscina
mágica. E eles não tiveram medo de o fazer! Quando passamos a conhecer o
multiuniverso, parece que tomamos alguma coisa e que estamos com uma grande trip, com imagens todas psicadélicas
capazes de dar a volta à cabeça. Também só sendo diferentes é que estes filmes
de super-heróis conseguem fazer rios de dinheiro com esta frequência.
As
interpretações estão todas ao melhor nível. Mais uma vez, o casting acertou em
cheio. Benedict Cumberbatch faz de um incrível protagonista, mesmo sem o seu
sotaque inglês, com uma arrogância e talento incrível que nos leva de boleia
por esta viagem mística e consegue ser um mestre nela. Tilda Swinton como a
Anciã também foi uma boa surpresa, conseguindo impor o respeito necessário à
personagem e sendo a protagonista de algumas das melhores cenas de ação do
filme. Chiwetel Ejiofor como Mordo também está bem retratado e deixa-nos
curiosos sobre o futuro da personagem. Claro que tínhamos de ter presente um
elemento romântico que, desta vez, é interpretado Rachel McAdams mas,
felizmente, não é algo onde o filme insista muito.
Como todas
as histórias de origem de super-heróis, muitas coisas não são novidade. Sendo
algo semelhante a “Homem de Ferro”, em que há uma personagem principal com o
ego bastante inflamado, Stephen tem de ver o melhor que há nele para superar as
dificuldades. Aqui temos o filme com mais efeitos especiais do estúdio até
agora, não pela magia, mas pelas cenas à
la “Inception” que podemos ver nos trailers, que no filme são ainda mais
elaboradas e espetaculares e valendo, sem dúvida, a pena a ida ao cinema.
Mais um
tiro certeiro nesta “mágica” personagem, que agora entrou neste universo e mal
posso esperar por ver a sua interação com as outras personagens. E não se
esqueçam que temos duas cenas pós-créditos.
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