01/11/2016

Doutor Estranho (Doctor Strange - 2016)



                Como manda a tradição, foi lançado o segundo filme da Marvel Studios do ano e desta vez é a estreia de uma personagem nova, Doutor Estranho. E, se nunca ouviram falar desta personagem não é de estranhar, já que não tem o destaque de um Capitão América, mas o mesmo se aplica ao Homem-Formiga e aos Guardiões da Galáxia e agora ninguém os larga, por isso podemos estar perante mais um grande sucesso.
                Stephen Strange (não o vou chamar Stephen Estranho, isso é apenas parvo) é um famoso neurocirurgião que tem um ego ao mesmo nível, ou talvez superior, ao de Tony Stark. Mas depois de um acidente de carro perder o controlo das mãos e após Strange ter tentado todos os métodos convencionais para restaurar as suas habilidades, este volta-se para o estranho mundo do misticismo.
                Aqui, a Marvel correu um grande risco nesta personagem. É verdade que tinha dado um pequeno passo na magia com Thor mas aqui é como mergulhar de cabeça numa grande piscina mágica. E eles não tiveram medo de o fazer! Quando passamos a conhecer o multiuniverso, parece que tomamos alguma coisa e que estamos com uma grande trip, com imagens todas psicadélicas capazes de dar a volta à cabeça. Também só sendo diferentes é que estes filmes de super-heróis conseguem fazer rios de dinheiro com esta frequência.
                As interpretações estão todas ao melhor nível. Mais uma vez, o casting acertou em cheio. Benedict Cumberbatch faz de um incrível protagonista, mesmo sem o seu sotaque inglês, com uma arrogância e talento incrível que nos leva de boleia por esta viagem mística e consegue ser um mestre nela. Tilda Swinton como a Anciã também foi uma boa surpresa, conseguindo impor o respeito necessário à personagem e sendo a protagonista de algumas das melhores cenas de ação do filme. Chiwetel Ejiofor como Mordo também está bem retratado e deixa-nos curiosos sobre o futuro da personagem. Claro que tínhamos de ter presente um elemento romântico que, desta vez, é interpretado Rachel McAdams mas, felizmente, não é algo onde o filme insista muito.
                Como todas as histórias de origem de super-heróis, muitas coisas não são novidade. Sendo algo semelhante a “Homem de Ferro”, em que há uma personagem principal com o ego bastante inflamado, Stephen tem de ver o melhor que há nele para superar as dificuldades. Aqui temos o filme com mais efeitos especiais do estúdio até agora, não pela magia, mas pelas cenas à la “Inception” que podemos ver nos trailers, que no filme são ainda mais elaboradas e espetaculares e valendo, sem dúvida, a pena a ida ao cinema.
                Mais um tiro certeiro nesta “mágica” personagem, que agora entrou neste universo e mal posso esperar por ver a sua interação com as outras personagens. E não se esqueçam que temos duas cenas pós-créditos.


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