07/09/2016

Ben-Hur (2016)



                E bem. Temos um remake de um dos maiores clássicos do cinema. Na verdade, não estou totalmente contra a ideia; muito boa gente pode não ter visto/nem querer ver por não ser algo "atual" e, aí, ao menos, um remake traz o nome à cabeça das pessoas. E, provavelmente, será desta maneira que se calhar muita gente vai ver o original porque muito raramente estas atualizações se conseguem fazer valer. Este "Ben-Hur" até pode ser um filme minimamente decente, só que este género de filmes nos últimos anos não tem conseguido trazer nada de novo ou espetacular para as salas, por isso a expetativa também já não é muita. Mas, como as lembranças do original já não são o que era, podem ser duas horas bem passadas.
                "Ben-Hur" é melhor que o filme original? Nem de perto nem de longe. É uma total desgraça? Isso também não. Tem alguns momentos que não fazem sentido e outros em que uma pessoa começa a pensar: "Que raio está a acontecer?". Mas também tem algumas cenas que estão bem conseguidas visualmente e as interpretações também não são de deitar fora.
                O ponto alto tem de ser, claro, a corrida de quadrigas. É uma parte em que está sempre à espera do que pode acontecer e qual a quadriga que vai dar uma cambalhota e projetar alguém. Aí o filme consegue fazer-se valer. Mas, se tirarmos esta cena e outra passada num barco, não há assim nada que destaque este filme dos outros. Parece que Jerusalém consiste apenas numas casas ao lado de uma ravina e pouco mais – pronto, é verdade, que nunca fui à dita cidade naquela altura (a minha máquina do tempo está estragada) mas, mesmo assim, acho que devia ser apresentada uma cidade um pouco mais composta. Aliás, este é um sentimento que perdura durante o filme, uma sensação de vazio, de um filme que não se distingue em nada, em que se torna num mais para a lista.


               

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