12/06/2016

Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos (Warcraft - 2016)



    Este pode ser o ano decisivo para sabermos se as adaptações de videojogos para o grande ecrã valem a pena: tudo depende de "Warcraft" e "Assassin`s Creed". Na verdade, já existem algumas animações que já são adaptações mas normalmente não são levados a sério, nem vão trazer a massificação destas transposições. Por isso, vamos ver como corre ao primeiro filme lançado ao público.
                O pacífico reino de Azeroth vê-se invadido por uma raça desconhecida, os orcs, que são obrigados a colonizar este mundo porque o seu está á beira da destruição. Cabe a Durotan, do lado dos orcs, e a Lothar, do lado dos humanos, impedir que isso aconteça.
                A minha experiência em jogos de Warcraft não é muito grande - apenas tive uma ligeira passagem por “Warcraft 3” -por isso, além de um nome ou outro que reconheci, quase tudo foi novo para mim. É necessário ter algum conhecimento de base antes de ver o filme? Não, mas ajuda, já que somos metidos logo no meio da ação, sem grandes explicações, não perdendo tempo com explicações. E ainda bem! Não é preciso que nos deem a mão e nos digam tudo o que se passa e vai passar, quem vê consegue lá chegar sozinho.
                Algo que podia ter corrido muito mal eram os especiais. As primeiras imagens apresentadas não mostravam orcs com muito bom aspeto e, visto que são uma parte essencial do filme, se não tivessem bem representados, iria ser uma desgraça. Felizmente, isso não acontece, já que a raça está incrivelmente detalhada, dando a sensação que são mesmo criaturas credíveis dentro do mundo.
                Em termos de personagens, temos umas melhores que outras. Durotan (o protagonista do lado dos orcs) é a personagem mais interessante do filme, que tem o maior arco na história e que mais impacto causa. Travis Fimmel (que interpreta Lothar) faz um bom desempenho mas a sua personagem é muito semelhante aquela que faz em “Vikings”. Por outro lado, Robert Kazinsky, como o aprendiz de feiticeiro, é o lado menos bom dos desempenhos mas tal pode ser mais culpa da personagem do propriamente do ator.
                Mas nem tudo são boas notícias: algumas coisas não parecem pertencer a este mundo (como as armaduras dos humanos), temos um romance completamente escusado que não está lá a fazer nada e podia ter sido explicado melhor qual é a influência do Fel. É verdade que este não é um dos melhores filmes do ano mas consegue ser a melhor adaptação de videojogos até agora (o que também não é assim tão difícil).
                Num mundo onde temos “Senhor dos Anéis” e “Guerra dos Tronos”, “Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos” fica uns degraus abaixo porém não deixa de ser uma boa fantasia e com potencial para boas sequelas.


Sem comentários:

Enviar um comentário