27/06/2016

O Dia da Independência – Nova Ameaça (Independence Day: Resurgence - 2016)



            Passaram-se 20 anos desde que o primeiro filme chegou e a esperança que houvesse uma sequela diminuía a cada ano que passava. Há uma altura para ressuscitar antigas “pérolas”, por isso temos “O Dia da Independência – Nova Ameaça”. Só que agora temos duas grandes diferenças: não temos Will Smith, nem o filme blockbuster é o mesmo que em 1996. Antes, quando um filme destes saía, era um acontecimento pois agora temos uma dúzia ou mais por ano por isso já não consegue ser uma novidade.
A primeira invasão espacial chegou e passou. Agora, o mundo está unido e avançou tecnologicamente em grande escala devido à mistura da tecnologia terrestre com a extraterrestre. Todavia nem toda a preparação vai servir contra o que aí vem.
Realmente, o efeito de espetacularidade já foi perdido. Claro está, este é um filme em que nunca se ia estar a pensar muito na história, mas sim aproveitar para ver a devastação que ia acontecer ao planeta Terra. Como de esperar, a história está lá por estar e as explosões não faltam.
Mas será que, nos dias de hoje, ainda é válida a desculpa quando um filme quer que “desliguemos o cérebro”? Talvez, se fossem menos comuns, poderíamos “desculpar” isso mas estamos a chegar a uma altura em que essa desculpa é mais a regra do que a exceção. Obviamente, a escala aqui é muito maior que no filme anterior e, se há uma coisa que o filme faz bem, é dar uma grande dose de efeitos especiais, que são de muito boa qualidade. As batalhas aéreas - sim senhor! - são engraçadas, mas já não deslumbram.
Há também a tentativa de passar o testemunho a atores mais novos, como Liam Hemsworth, Jessie T. Usher e Maika Monroe, mas eles não conseguem demonstrar a intensidade e o carisma suficientes para carregar o filme. Temos também o regresso de atores do primeiro filme, como Bill Pullman, Jeff Goldblum e Brent Spiner, mas se há a expectativa de voltar a ver Jeff Goldblum como David Levinson no grande ecrã, ficamos por Jeff Goldblum a interpretar Jeff Goldblum.
Vamos ficar com alguma cena marcada como a destruição da Casa Branca e o incrível discurso de Presidente Whitmore? Não é muito provável mas (como já é habitual nos dias de hoje) temos um final que pode dar lugar a mais filmes e a esperança que eles melhorem é a última a morrer. Por isso, comam pipocas e aproveitem.


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