07/08/2015

Quarteto Fantástico (Fantastic Four - 2015)



                O motivo de voltarmos a ter este grupo de super-heróis no grande ecrã não é exatamente o mais interessante, pois a Fox era obrigada a fazer o filme se não queria perder o direito das personagens. Como se verá ao longo da crítica, essa manobra não resultou da melhor maneira.
                Um grupo de quatro jovens vem os seus corpos alterados depois de se terem teletransportado para uma nova e perigosa dimensão. Agora terão de aprender a viver com estes poderes e a usá-los para conseguir salvar a Terra de um velho amigo.
                Ao menos, o tom foi diferente dos dois primeiros filmes. No entanto, embora não seja tão cómico e parvo, em vez disso não há um tom certo, pois ora tenta ser ficção-científica, ora passa para o terror e isto com uma mistela de comédia. Tal leva a uma certa confusão sobre, de facto,o tipo de filme que estamos a ver.
                 A origem dos heróis também é diferente, mais na linha da versão “Ultimate”, mas, ao menos, consegue-se criar uma origem diferente, mesmo na filosofia do reboot. Mas, precisamente, o maior problema do filme está aí. Há uma maior preocupação em mostrar as origens e como tudo começou do que em contar uma história com princípio, meio e fim. E acaba por nem explicar direito as relações entre as personagens, como a aparente não muito boa relação entre os irmãos Storm, a rápida mudança de atitude de Ben Grimm em relação a Reed Richards e de como Victor Von Doom se torna o grande vilão. Depois de passar tanto tempo a introduzir as personagens, o grande ato final foi dececionante.
                Mas tal culpa não é do elenco, já que ele aqui se porta muito bem. Miles Teller vestiu-se bem com o génio Reed Richards, Kate Mara não está mal como Sue Storm, Michael B. Jordan funciona como o convencido Johnny Storm e Jamie Bell também está como Bem Grimm (pelo menos durante o tempo que o vemos). Apenas é uma pena que o Von Doom de Toby Kebbell não tivesse sido bem trabalhado.
                As expetativas para este filme não eram muitas pois, neste caso, a Fox estava mais interessada em não perder os direitos das personagens e numa possível sequela, do que em criar de facto algo que fizesse jus a estas personagens.

        

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