19/05/2015

Prisioneira (The Captive - 2015)



                “Prisioneira” foi um dos nomeados para a Palma de Ouro do festival de Cannes do ano passado o que, por si só, mete o filme no radar. Infelizmente, acabou por ser uma desilusão.
                Passaram-se oito anos desde o desaparecimento de Cassandra e a descoberta novas provas que indicam que pode estar viva vai levar a polícia e os pais dela numa nova busca.
                De início, vermos as cenas dispersas ao longo dos oito anos de desaparecimento de Cassandra é um bocado desconcertante por não sabermos bem em que período temporal estamos, mas depressa nos conseguimos habituar - sempre é uma maneira invulgar de ver.
                O meu maior problema com “Prisioneira” é o seu ritmo. É tudo demasiado pausado quando supostamente estamos perante uma busca desesperada. Vemos muitas paisagens e muita neve a cair, mas nada de verdadeiramente emocionante. Pode ser uma representação do estado de espírito das personagens mas, mesmo assim, não ajuda ao desenrolar do filme.
                Ryan Reynolds e Mireille Enos interpretam os pais da desaparecida e têm bons desempenhos. Continuam a não conseguir viver com o que aconteceu e enfrentam a situação de maneira bastante díspar. Rosario Dawson também não fica mal na figura, mas este não é um dos melhores trabalhos da atriz. Já Kevin Durand conseguiu criar uma personagem que, tanto física como psicologicamente, parece incrivelmente “creepy”.
                Devido ao seu lento desenrolar, muito daquilo que a “Prisioneira” conseguiu fazer bem não é notado.


2 comentários:

  1. Concordo com a análise, principalmente com o terceiro parágrafo. Só que eu não me habituei aos espaços temporais, pois fiquei ainda a pensar em que espaço temporal estava a cena final. A cena final ora parecia-me ser depois da cena da cafetaria onde a mãe e a polícia falam, ora parece ser depois.

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  2. "Prisioneira": 2*

    "Prisioneira" tinha tudo para ser um filme perfeito, mas é apenas razoável. "The Captive" teve cenas em que fiquei confuso, pois a história ia do passado ao presente e vice-versa.

    Cumprimentos, Frederico Daniel.

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