25/04/2015

Ex Machina (2015)



                Finalmente chegou às salas de cinema um filme de ficção-científica que vale a pena! Pelo menos é isso que dá a entender mas é preciso ter cuidado porque esta é a primeira tentativa de Alex Garland na cadeira de realizador.
                Neste enredo, Caleb é um jovem programador que ganhou um concurso para passar uma semana com o génio e recluso CEO da companhia onde trabalha. O que não sabe é que, quando chegar lá, vai ter de testar se a primeira Inteligência Artificial possui consciência.
                O filme baseia-se no seu forte argumento, nomeadamente nas inteligentes conversas entre Caleb e AVA (a inteligência artificial) e Caleb com Nathan. E, enquanto a primeira tenta criar uma aparente ligação com o protagonista, o segundo tem uma grande noção da sua importância, embora não o queira mostrar logo.
                Oscar Isaac (que interpreta Nathan) tem uma personagem que está naquele ténue linha entre o génio e o excêntrico e, desde o início, eu estava à espera que ele arranjasse um machado e começasse a distribuir acoites. E, por estranho que pareça, as conversas entre os dois humanos são mais interessantes do que com AVA (interpretada por Alicia Vikander), que altera o seu diálogo à medida que as conversas vão acontecendo, inicialmente inocentes, mas depois cheias de insinuações.
                O filme é cativante e consegue prender o espetador até ao fim e os grandes twists fazem sentido e conseguem elevar o filme. Um problema foi não saber onde parar; se o filme tivesse acabado na cena do elevador (não a vou contar para não estragar a surpresa), teria criado maior impacto.
                Garland conseguiu um grande filme de ficção-científica para a sua estreia. Resta esperar para ver se se vai manter nesta rota.


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