Mais um ano que passou, mais uma
cerimónia dos Óscares para saber para quem é que correu bem o ano, desta vez
com Neil Patrick Harris como o apresentador.
E se isso dava para entusiasmar,
o resultado final podia ter corrido melhor. O número musical inicial, uma
homenagem ao cinema, foi interessante e dava a entender que o resto da
cerimónia iria correr da mesma maneira. Mas tal não aconteceu. Com algumas
piadas a estenderem-se por demasiado tempo e a não compensarem no final, numa altura
em que já só se queria saber os maiores vencedores.
E se por um lado o espetáculo em
si não foi muito entusiasmante, houve alguns discursos que valeram a pena, tais
como os de J.K. Simmons, Patricia Arquette, Eddie Redmayne e Graham
Moore.
Aqueles que levaram o grande
prémio para casa não foram propriamente surpreendentes, mas houve pequenas
surpresas que ao menos serviram para manter a coisas minimamente interessantes.
No grande confronto entre “Birdman” e “Boyhhod” foi o primeiro que conseguiu
uma esmagadora vitória, levando para casa o prémio de melhor filme, melhor
realizador, melhor fotografia e melhor argumento original, enquanto o segundo
apenas se safou com o prémio de melhor atriz secundária. Foi com alguma
surpresa que Richard Linklater não conseguiu levar a melhor como realizador,
mas pelos vistos as grandes cenas de Alejandro González Iñárritu conseguiram
ganhar o apreço da academia.
No geral houve os prémios até
foram muito distribuídos. O “Grand Budapest Hotel” de Wes Anderson conseguiu
quatro vitórias, embora todas em categorias técnicas, e até o indie “Whiplash”
teve direito a levar três estatuetas para casa. Já “A Teoria de Tudo”, “O Jogo
da Imitação” e até “Interstellar” tiveram direito a levar algo (melhor ator,
melhor argumento adaptado e melhores efeitos especiais respetivamente). E finalmente Julianne Moore teve o devido reconhecimento.
“Ida” e “Selma” ganharam sem
surpresa a estatueta de melhor filme estrangeiro e melhor canção original
respetivamente. Por outro lado, “Big Hero 6” ter conseguido passar à frente de “Como
Treinares o Teu Dragão 2” foi para mim uma das maiores surpresas da noite.
Não foi uma grande estreia para Neil
Patrick Harris. Será que o vamos voltar a ver para o ano?
P.S. – Porque é
que continuam a convidar o John Travolta para depois fazer aquelas figuras?
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