E já começaram a aparecer os
filmes biográficos com pretensões de Óscares, e este já veio com polémica atrás.
O segundo filme realizado por Angelina Jolie foi alvo de várias críticas por
parte do Japão. Os nipónicos dizem que as cenas de tortura em que participam
não aconteceram bem assim. Mas, será que há motivos para essas queixas?
Aqui vamos seguir a vida de
Louis Zamperini, um atleta olímpico que fica à deriva no Pacífico durante 47
dias durante a Segunda Guerra Mundial e que depois é detido num campo de
prisioneiros pelos japoneses.
A vida de Zamperini foi fascinante, porém o seu tratamento
cinematográfico às vezes não é o melhor. Existem alguns momentos que podiam
ter-se tornado mais épicos se houvesse uma melhor música a acompanhar. Como tal
não aconteceu, as coisas foram-se passando sem nada que desse aquele tom extra.
É preciso admirar o trabalho do
protagonista, Jack O'Connell, e da transformação durante todo o
filme. No início temos um atleta de carater olímpico e à medida que vai
sofrendo estas terríveis provações vai tendo um aspeto cada vez mais esquelético.
O ator também consegue ser aquele que consegue trazer a bem necessária
intensidade a filme.
A montagem
em algumas situações também podia ter sido melhor. As alturas em que nos mostram as memórias
do protagonista não parecem particularmente relevantes para a cena que se está
a passar. O que não seria grave de todo se estas cenas não se prolongassem excessivamente.
E as ditas cenas de tortura?
Estão presentes e algumas delas conseguem ser intensas, mas será que vale as
queixas? É verdade que ninguém gosta de ver os seus podres no grande ecrã, mas
temos de ter em conta que também estávamos numa guerra, por isso é de esperar
que tal tenha acontecido.
Um filme biográfico
interessante, mas que com uma produção um pouco melhor podia ter sido um grande
filme.
Sem comentários:
Enviar um comentário