Esta semana foi em grande em
termos de novidade dos próximos filmes de super –heróis, tanto do lado da
Marvel como da DC Comics. Isso fez-me pensar naquilo que vai acontecer durante
os próximos anos, as desgraças, os sucessos e quem pode ganhar esta batalha.
Vou começar com o anúncio de dez
filmes por parte do DC Comics até 2020. O Batman V Superman já se sabia que aí
vinha, embora a minha expetativa apenas possa ser comparada com o meu receio.
Primeiro facto: o homem com o S no peito ainda só teve um filme e não lhe fazia
mal nenhum ter mais um para solidificar mais a personagem. Segundo facto: vai
ser a primeira prestação de Ben Affleck como o cavaleiro das trevas, o que é
uma grande incógnita. Mas, como já notamos noutras grandes produções, não quer
dizer que não haja uma tonelada de gente a fazer fila para entrar no cinema (eu
incluído). Agora Suicide Squad? A sério? Não tem personagens de muito relevo e
não se pode dizer que tenha uma legião de fãs tão grande como outros elementos
da DC. Isto pode ser um grande plano orquestrado com truques na manga por parte
da DC mas, por enquanto, está tudo mergulhado nas trevas.
E, quando Batman V Superman
chegar as salas, a Marvel vai lançar a próxima aventura do Capitão América e o
aparente início da Guerra Civil. Para quem não sabe, este é grande evento das
BD que começa quando, durante uma batalha com heróis menos conhecidos, haja uma
das muitas explosões neste tipo de cenas e que atinja uma escola, matando todas
as crianças que lá estavam. Isto faz com que o governo implemente uma lei na
qual todos os heróis têm de se registar e revelar a sua identidade secreta. Homem
de Ferro vai ser do lado desta lei enquanto Capitão América discorda de tal
medida. Mas há uma coisa que temos de ter em conta. Estamos a falar de um
evento que envolve uma grande quantidade de personagens que estão muito longe
do grande ecrã ou então cujos direitos não pertencem à Marvel (como o caso do
Homem-Aranha, que tem um papel relevante nisto tudo na banda desenhada).
E isto passa-se tudo em filme. E aqui temos duas alternativas: ou vão fazer
um filme com uma duração monstruosa ou então vão espalhar esta história por
vários filmes. Caso seja a segunda opção, não estou a ver quanto anos é que
isto vai durar e se o interesse se vai manter. Por outro lado, a produtora tem
seguido o seu grande plano e tudo tem corrido bem, por isso tenho esperança que
o mesmo aconteça aqui.
A DC sente-se a ficar cada vez
mais para trás, por isso decidiu optar por uma estratégia difer
ente da Marvel. Enquanto, pela Marvel, fomos tendo os filmes a solo do Homem de Ferro, Hulk, Capitão América e Thor e depois juntá-los todos em Avengers, a DC vai fazer o contrário. Vai despachar o novo Batman para o novo filme do Super-Homem, e depois apenas vamos ter o filme da Mulher Maravilha antes de aparecer a Justice League. Só e só aí, é que teremos filmes dos outros elementos como Aquaman, Flash, Shazam, Cyborg e Lanterna Verde. Por isso, ou estas personagens vão cair meio de paraquedas no filme da Justice League, ou então esta League vai ser apenas um trio.
É claro que a Marvel
começou melhor e tem um plano mais elaborado, e mesmo que um filme não corra
tão bem nas bilheteiras, os outros tiveram tanto sucesso que facilmente essas os
prejuízos possam ser aí diluídos. Já a DC não se pode dar a esse luxo. O filme Homem
de Aço, de 2013, correu bem na carteira, mas não foi nada de extraordinário.
Desta forma, se algum dos próximos filmes for um flop todos os restantes podem
estar em risco. E caso aconteça o mais provável é que seja o do Suicide Squad, porque
mesmo que o do Super-Homem ou Mulher Maravilha não sejam grande coisa, só o
seu nome vai fazer com que muita gente o vá ver.
E, se na batalha do
grande ecrã, a produtora de Thor está em grande, o mesmo não se pode dizer do
que se trata das animações, onde a DC é a vencedora sem margem de dúvida. É
verdade que a grande maioria dos filmes são sobre Batman e Super-Homem mas,
mesmo assim, são de qualidade bastante superior aos da Marvel. Também temos de
ser realistas: estes filmes não são propriamente minas de ouro mas, mesmo assim,
não são nada de desprezar.
É uma grande altura
para ser apreciador de BD; vamos ver durante quantos mais anos estes filmes vão
continuar a ser grandes blockbusters.
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