10/04/2014

Noé (Noah - 2014)





                Já muito se ouviu falar do filme, desde a proibição da sua exibição no Médio Oriente até às acusações de ser um filme ambientalista. Toda esta controvérsia ao menos serve para fazer publicidade - o que nunca fez mal nenhum, principalmente se tivermos em conta o grande investimento que aqui foi feito.
                Num mundo corrompido pelo mal do mundo, Deus escolheu Noé para que salve a humanidade da grande limpeza que vem aí.
                Quando às acusações de ser um filme ambientalista, até têm o seu fundamento mas também temos de ter em conta que esta é uma temática para o ambientalista. Afinal de contas, estamos a salvar todos os animais porque o homem está a destruir tudo.
                O grande trunfo do filme é, sem dúvida as interpretações, principalmente a de Russell Crowe. A personagem de Noé é a que, obviamente, está melhor construída. A metamorfose da sua personalidade, que começa por querer salvar toda a vida, até se tornar quase um “psicopata”, onde não olha a meios para concluir a missão que lhe foi dada. Para mim, é, até agora, uma das melhores personagens deste ano.
                O restante elenco, embora talentoso, não é praticamente utilizado. A personagem que mais atenção recebe, além do protagonista, é Ila, interpretada por Emma Watson, que consegue, aqui, mais um bom desempenho.
                Em termos de efeitos e banda-sonora, o filme consegue satisfazer os meus gostos de cinéfilo - sendo sincero, também com o orçamento que o realizador Darren Aronofsky tinha à disposição, alguma coisa boa tinha de sair.
                Fiquei surpreendido com a quantidade de cenas de ação existentes. O problema é que embora sejam agradáveis, não têm aquele tom épico para este se torne um filme de referência.
                “Noé” tem boas cenas e é um bom filme mas falta-lhe algo para o tornar memorável. O que nos vale é a interpretação do protagonista.


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