02/03/2014

Nebraska (2014)



                Foi mesmo à última mas consegui. Foram vistos todos os nomeados para o Óscar de melhor filme. E para acabar nada como um filme mais calmo como “Nebraska”, um filme a preto e branco que nos mostra as relações com vários membros de uma família. 
                Um homem já no final de idade quer fazer uma imagem do Montana até Nebraska para reclamar um suposto prémio de um milhão de dólares. Quem vai aproveitar esta viagem é o seu filho David, que quer aproveitar para conhecer melhor o seu pai. 
                O que aqui mais me impressionou foi Will Forte. Estou mais habituado a ver o ator em papéis cómicos, e foi com uma agradável surpresa que Forte não desapontou um papel mais sério. Ainda não me parece que esteja muito à vontade, mas de certeza que com mais papéis assim a interpretação vá parecer mais natural. Bruce Dern consegue igualmente interpretar de forma convincente um homem que está a entrar na demência e que dificilmente vá sair de lá. Atenção, é um bom desempenho mas nomeação para ator principal já me pareceu demais. Já a de June Squibb é totalmente merecida, já que é a sua personagem que dá vida ao filme. E, quando no início achamos que seja uma pessoa demasiado dura, com o passar do tempo vamos mudando de ideias. 
                Também é preciso dar uma salva de palmas ao realizador Alexander Payne. A decisão de filmar a preto e branco foi acertada, já que conferiu uma maior profundidade às relações entre pai e filho. O que também beneficiou disto foi a fotografia que se tornou muito mais apelativa. 
                O argumento embora não consiga surpreender consegue ser cativante. Trata-se de uma viagem de descoberta, um filho que só agora descobre várias coisas sobre o seu alcoólico e ausente pai e da sua relação com a sua mãe. 
                É verdade que é um filme muito bom, mas parece-me que vai passar despercebido na grande noite.


2 comentários:

  1. Concordo. Apesar de estar nomeado para 6 óscares creio que vai sair sem qualquer vitória (aind que uma nomeação já seja uma vitória). É pena porque realmente é um filme bastante bom mas nas categorias onde se insere existem candidatos bastante mais fortes. E a opção do preto-e-branco foi a mais acertada.

    Cumprimentos,
    Rafael Santos
    Memento mori

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  2. Provavelmente se não fossem estas nomeações seria um filme que iria passar despercebido.

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