12/02/2014

RoboCop (2014)



                Como não podia deixar de ser, mal este remake do filme de 1987 foi anunciado, o ataque contra ele por toda a internet não tardou. Já todos sabemos os argumentos usados, tanto os do contra, como os a favor. Mas não posso deixar de desejar que o filme seja bem-sucedido, quanto mais não seja por ter sido o primeiro filme de Hollywood realizado por um brasileiro. 
                Estamos em Detroit durante 2028. O respeitador agente da polícia Alex Murphy é gravemente ferido após um atentado à sua vida e a única maneira de o salvar é, praticamente, transformá-lo numa máquina que irá patrulhar as ruas. 
                Como vamos encarar este filme? Como um filme de ação ou como um remake? É que se, por um lado, é um razoável filme de ação, já, como remake, deixa um pouco a desejar. É verdade que temos a terrível empresa OmniCorp e há aquela crítica aos media, mas não é a mesma coisa. Talvez, se tivesse mantido a faixa etária do filme original poderia ter sido algo semelhante. 
                Os efeitos especiais são do melhor que o dinheiro pode comprar. Para aqueles que se queixam que este RoboCop se mexe muito, é preciso meter as coisas em perspetiva. O filme original mostrou o que de melhor se podia fazer naquela altura; não estavam à espera que ele demonstrasse a mesma rigidez, certo? Aí, sim, o filme não desaponta, pois está recheado de boas cenas de ação que devem agradar aos apreciadores. 
                A escolha de manter quase sempre o visor para cima e mostrar a parte humana de RoboCop é que, para mim, não foi das melhores. Principalmente pelo facto do ator Joel Kinnaman dizer que, só dessa maneira, é que conseguiria representar. No original não houve esse problema e, se quisermos um filme mais recente, temos sempre o último “Dredd”. Tirando isso, o ator consegue fazer uma boa prestação. No entanto, o elenco não é dos melhores, sendo que, para mim, a melhor interpretação coube a Gary Oldman. O vilão Michael Keaton não é muito convincente - parece demasiado bonzinho para aquilo que devia ser. 
                Veredito final: como filme de ação resulta, como remake nem tanto. Agora é preciso saber as receitas das bilheteiras para saber se vamos ver mais deste polícia futurista.


Sem comentários:

Enviar um comentário