22/01/2014

A Rapariga que Roubava Livros (The Book Thief - 2014)


Um filme que pensava, inicialmente, que teria a sua dose de nomeações para as estatuetas douradas, acabou por ter apenas uma: o de melhor banda-sonora. E, supostamente, tinha todos os ingredientes para ser um sucesso entre a Academia. Passa-se durante a Segunda Guerra Mundial e conta a história de um fugitivo judeu e de uma criança, cuja família lhe deu guarida. 
A jovem Liesel, de 12 anos, é entregue a um casal após a sua mãe ter fugido da Alemanha por ser comunista. Sem saber nem ler nem escrever, Liesel vai ter de se adaptar a uma nova realidade. Com a ajuda do seu novo pai, Hans, e do seu amigo, Rudy, descobre, nos livros, um reconfortante refúgio aos difíceis tempos que se faziam sentir.
Desde já posso dizer que gostei da escolha para narrador: nem mais nem menos, a Morte. Não que o diga diretamente mas, as várias insinuações e a maneira como as faz, tornam muito interessantes os momentos em que intervém.
A narrativa, embora interessante, parece arrastar-se na parte inicial, com os melhores momentos a restarem para a segunda parte. O filme consegue ser dramático e tocante nas doses certas, conseguindo deixar quem o vê ansioso para saber o final desta bonita história.
Em termos de interpretações também não fomos mal servidos. A pequena Sophie Nélisse consegue fazer uma boa interpretação, Geoffrey Rush e Emily Watson, o pai e mãe da protagonista respetivamente, fazem também um bom trabalho, um com uma vertente mais cómica e a outra com um grande coração, embora nem sempre o mostre. 
Um filme interessante e comovente.


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