Desde já, “Quarteto” é bom,
mas devido à fraca publicidade e numa altura em que tem de se escolher com
cuidado o que se vai ver às salas de cinema, “Quarteto” provavelmente vai ser
deixado para trás. Uma casa para músicos reformados está prestes a fazer a sua gala anual para assim angariarem dinheiro para terem um telhado durante mais um ano. Mas, toda esta harmonia e planos pode-se alterar com a chegada de Jean, uma ex celebridade e ex-mulher de um dos residentes.
Sendo esta a primeira tentativa do realizador Dustin Hoffman a coisa até correu bem, conseguindo apresentar uma comédia dramática competente. Também, para conseguir isso teve a ajuda de um grande elenco. Billy Connoly foi o encarregado de entregar quase a totalidade de toda a comédia do filme, devido à sua personagem ter sofrido um pequeno AVC não conseguia controlar aquilo que diz, ou pelo menos é isso que ele quer fazer parecer.
As cenas mais intensas ficaram a cargo de Maggie Smith e Tom Courtenay, que enfrentam os problemas de uma relação passada e os problemas que a terceira traz. Aliás, todo o filme é baseado nas inseguranças, na perda de capacidades e de como viver à medida que os anos vão passando.
É um filme que conta com uma realização competente e com uma boa banda sonora, mas atenção que apenas quem gosta de música clássica é que vai apreciar.
Um bom primeiro filme para Dustin Hoffman.
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