08/11/2012

Argo (2012)



               Temos aqui mais uma tentativa de Ben Affleck em se provar como um diretor a ter em conta. Depois de “A Cidade” (um filme excelente por sinal), Affleck mete-se agora em histórias de espiões da CIA, durante o final dos anos 70, baseado numa história verídica.
               Durante 1979, com a intensidade das revoltas no Irão ao rubro, a embaixada dos EUA é invadida. Nem todos os trabalhadores ficaram reféns, seis deles conseguiram escapar e refugiar-se na casa do embaixador canadiano. Tony Mendez, um funcionário da CIA especialista em extradições, elaborou um plano ambicioso e suicida para retirar os trabalhadores: fazer de conta que fazem todos parte de uma equipa de filmagens canadiense.
               Seria de esperar que o filme tivesse a tendência de se virar mais para a ação fácil. Mas, felizmente, tal não acontece; estamos ainda um tempo considerável na parte do plano em que se tenta tornar o filme credível, isto é, contratar um realizador, arranjar um guião e fazer muita publicidade.
               Uma característica de um bom filme, para mim, é querermos continuar a vê-lo. Pois, mesmo com as suas duas horas de duração, queria mais e mais filme. A adrenalina de saber que podem ser apanhados a qualquer momento até ao último segundo prende sem dúvida o espetador durante todo o filme.
               O elenco também não foi deixado para trás. O próprio Affleck faz de protagonista, com interpretações seguras e confiantes, e com uma caracterização excelente. No final do filme podemos ver as fotos dos seis originais e vemos que têm uma enorme semelhança.
               O ambiente tenso criado está muito bem recriado, assim como o da época. Em nenhuma altura sentimos que aquilo de facto não possa ter acontecido, quase se podendo tratar de um filme da atualidade, mesmo, claro está, no que se refere ao aspeto visual de todas as personagens.
               Affleck conseguiu aqui um feito incrível e, sem dúvida, “Argo” merece um lugar na noite dos Óscares.

Nota: 5/5

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