30/09/2012

Dredd 3D (2012)

               O cinema não tem sido bondoso para com Dredd. Na versão de Sylvester Stallone foi quebrada uma das principais regras desta personagem de BD, em que se lhe tirou o capacete. Aliás, quase sempre que está no ecrã está sem o capacete. Felizmente, esta nova versão cumpre com o estabelecido e apresenta visual e imagem do melhor que se pode esperar. 
               No futuro, os Estados Unidos foram devastados pela guerra nuclear, tornando grande parte do território radioativo e inabitável. Mega City One é uma das poucas zonas urbanas que se estende de Boston até Washington DC e onde vivem 800 milhões de pessoas. É uma cidade com grandes taxas de criminalidade e os únicos que existem para a travar são os Juízes, uma polícia que tem o poder de prender, julgar e executar aqueles que acha que merecem. Dredd é um destes Juízes que, após lhe ser dito que deve treinar uma recruta, Cassandra Anderson, uma mutante com poderes psíquicos, deve ir a Peach Trees fazer uma apreensão de droga. Mas isso não corre bem, pelo facto de a droga ser Slo-Mo e o edifício pertencer a Ma-Ma. Esta personagem é uma ex-prostituta que domina um gigantesco prédio de 200 andares e que chefia a distribuição de Slo-Mo, uma droga que dá a sensação que o tempo está a passar a 1% da velocidade normal. 
               Antes de mais, este não é um filme para quem tem o coração fraco, pois as cenas de violência são extremas, principalmente quando vistas através de alguém que veja tudo em slow motion. E é ai que o 3D se revela uma grande vantagem, pois consegue dar mesmo aquela sensação de imersão. 
               A história não é um ponto forte, mas também não tem de o ser. Tem apenas que ser boa o suficiente para manter o filme coeso e dar uma sensação de naturalidade às cenas de ação. E é isso que acontece e, como seria de esperar, os atores, embora façam um bom trabalho, não tornam a representação nada de extraordinário. 
               Mas o que é aqui importante é a ação. E essa está com uma grande qualidade, desde o excelente visual às cruas cenas de violência. E, ao contrário do que dizem, as comparações com “The Raid” ficam-se apenas pela localização e alguma semelhança com o tipo de visual. Só que “The Raid” baseia-se mais em combates coreografados enquanto que “Dredd” é mais da filosofia “chegar e descarregar balas em toda a gente”. 
               Um grande filme de ação que merece ser visto.

Nota:4/5  


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