05/08/2012

As Flores da Guerra (Jin líng shí san chai - 2012)


               “As Flores da Guerra” é um filme chinês que demonstra uma grande estratégia de lançamento por dois motivos. Primeiro, pelo único elemento Ocidental do elenco ser Christian Bale; segundo, por o filme ser lançado na mesma altura que o outro filme de Bale, o muito esperado “Batman: O Cavaleiro das Trevas Renasce”. Com toda a certeza que, se este ator não fizesse parte deste elenco, o filme nunca apareceria nas telas portuguesas.
               A ação passa-se em 1937, durante a invasão dos japoneses à China. Bale é John Miller, um coveiro que está de passagem para enterrar um padre. Porém, por força das circunstâncias, vê-se obrigado a disfarçar-se de padre e a refugiar-se numa igreja. Mas não vai estar sozinho, vai estar com dois grupos de mulheres, com as anteriores noviças da igreja e com um grupo de gueixas.
               É interessante ver a dinâmica destes dois grupos, pois nenhum deles gosta um do outro. Enquanto um teve sempre protegido e não entende os muitos problemas da guerra, o segundo é mais “vivido” e entende o conflito que se está a desenrolar.
               Inicialmente, existem grandes semelhanças com os videojogos, pois baseia-se num sistema de missões, nomeadamente sair do refúgio da igreja para encontrar algum objeto ou alguém ou então a invasão de um pequeno grupo à sua “fortaleza”. Mais à frente, já se encontra algo mais semelhante aos típicos filmes dramáticos.
               Os principais atores, na minha opinião, são três, sendo um deles Christian Bale e os outros dois o membro principal de cada um destes dois grupos tão díspares. Bale consegue desempenhar o papel de um homem contrariado, que se vê obrigado a tomar conta de um grupo de pessoas que precisam de orientação.
               A restante produção também está de um bom nível, com os destroços, a destruição e as situações mais bélicas a serem bem retratadas. Um pouco negativo é a sua extensão, quase duas horas e meia é excessivo, que poderá fazer com que o espetador perca a atenção.
               Um bom filme proveniente do Oriente.

Nota:3,5/5

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