27/07/2012

Ted (2012)


               Seth MacFarlane, o criador da séries Family Guy, decidiu experimentar fazer uma longa-metragem, da qual o resultado foi “Ted”. E, para bem e para o pior, é claramente um filme de MacFarlane, desde os palavrões até às várias indiretas a pessoas, séries e filmes.
               Tudo começa quando um pequeno rapaz de oito anos, John Bennett, faz um pedido, que o seu urso de peluche ganhe vida, para se tornarem os melhores amigos para sempre. E de facto este pequeno milagre acontece, nascendo assim Ted. Vinte e sete anos depois, este duo continua junto, mas agora com mais um elemento, Lori, a namorada de John. Este novo membro quer que Ted se afaste de John para que ele finalmente cresça.
               Não pensem que Lori é a má da fita. Ted não é propriamente uma boa companhia, consome drogas, bebe e diz palavrões. Porém, é o melhor amigo de John, e tal separação não é fácil, embora aconteça.
               É um filme extremamente divertido, principalmente na primeira metade, pois na segunda parte a comédia é substituída em grande parte pelo romance e ação. Ah, não esperem daquelas piadas inocentes, quem conhece a série da TV sabe que são piadas com grande conteúdo sexual, pois temos o vislumbre de Ted a fazer sexo, o que leva a estranhar a classificação de maiores de doze para o filme.
               Seth faz um filme razoável, que apenas não é melhor por um motivo simples: está demasiado habituado a episódios de vinte minutos. E isso nota-se por todo o filme. Temos momentos grande comicidade, mas ao contrário do que Seth faz na TV, que pode acabar assim com o episódio sem elaborar muito, aqui não. Tem de dar continuidade ao enredo, que tem situações em que não está muito bem trabalhado.
               Os atores fazem um trabalho muito bom, principalmente Mark Wahlberg, que interpreta John, pois demonstra uma grande versatilidade, conseguindo passar de situações cómicas para umas mais sérias sem grande esforço. É incrível a proeza a animação do urso, transmitindo uma grande sensação de peso e realismo. Conseguemesmo levar a nos abstermos de ser facto um urso de peluche.
               Uma boa comédia quando de facto o é. Porque quando tenta ser algo diferente, não o consegue fazer de forma convincente.

Nota:3,5/5

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