Além de ser uma adaptação de um conto, “A Mulher de Negro” é provavelmente o modo de Radiel Radcliffe se separar da sua eterna personagem, o Harry Potter, e passar a ser um ator por mérito próprio. Mas será que o jovem feiticeiro vai ser levado a sério?
Acho que sim, Radcliffe passa bem por um adulto, mas talvez para já seja um pouco rebuscado desempenhar o papel de pai. É verdade que os momentos em que o é são muito escassos, apenas no início e fim do filme.
A história não tem nada que saber, tem alguns extras e alguns pormenores pelo meio, mas é basicamente uma casa assombrada. Arthur Kipps é obrigado a ir à pequena localidade rural, vender uma grande casa, após a morte da sua proprietária. No entanto rapidamente Kipps vê que algo de errado se passa, desde sombras por toda a casa até à enorme quantidade de suicídios infantis na aldeia.
O filme funciona bem, é um autêntico filme de terror. Com o ambiente e o som a serem muito propícios a apanhar bons sustos. É daquele tipo de filme em que não se baseia em terror físico, não há cabeças a voar nem pernas cortadas. É sim um excelente suspense capaz de prender o espetador do início ao fim do filme.
Além de Radcliffe, todo o restante elenco faz o seu papel com toda a competência, principalmente Roger Allam, como o principal amigo do protagonista nesta pequena localidade. É verdade que, em vários momentos, pensei que era um filme do pequeno feiticeiro, porque para além do ator principal, várias das localizações e adereços são parecidos com as anteriores películas do jovem ator.
É um filme que vale a pena ver, é um bom filme de terror, e um bom ponto de partida para Daniel Radcliffe se tornar independente e começar a sua carreira a “solo” na indústria cinematográfica.
Nota:4/5
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