02/03/2012

Extremamente Alto, Incrivelmente Perto (Extremely Loud & Incredibly Close - 2012)

               “Extremamente Alto, Incrivelmente Perto” foi o último filme a sair no nosso país dos que foram nomeados para o Óscar de melhor filme e para prémio desta Academia para melhor ator secundário. Como já sabemos, não ganhou em nenhuma das categorias, mas será que foi uma razão acertada?
               Graças a Deus que sim! Peço desculpa se estou a ser injusto para alguém, mas acho que já é exagerado este filme ter sido nomeado para esta categoria, quanto mais ganhar! Talvez tenha sido devido ao tema abordado, o 11 de Setembro de 2001, e pela carga emocional que carrega.
               Aqui temos Oskar Schell, um miúdo de 11 anos que perde o pai (Tom Hanks) na tragédia das torres gémeas. Por ser o membro da família com laços afetivos mais fortes, esta morte teve um terrível impacto em Oskar. Como não consegue aceitar a partida do pai, decide construir-lhe um pequeno santuário num armário de sua casa, com os objetos que escondeu da sua mãe (Sandra Bullock). Foi na procura por esses objetos que Oskar encontrou uma misteriosa chave… O restante filme baseia-se na busca da fechadura da chave, percorrendo assim toda Nova Iorque.
               O elenco faz o seu papel com qualidade, com especial atenção para Max Von Sydow, que interpreta um inquilino da avó de Oskar que, apesar de não dizer uma palavra durante toda a sua representação, consegue, de forma extraordinária, transmitir tudo aquilo que pensa,. Outro pormenor é a presença quase exclusiva de Bullock no início e final da película, mostrando que apenas está lá pelo seu nome. Mas temos aqui, já de partida, um pequeno problema. Já antes do acidente, Oskar revelava problemas de comportamento e, mesmo após a morte do pai, é estranho ele não ter nenhum acompanhamento especial que o ajude a superar o trauma.
               O facto de o pequeno protagonista andar, na maior parte das vezes sozinho, pela enorme metrópole a pé tira um pouco da credibilidade, mas isso pronto, pode-se desculpar. O maior problema é a perda da carga emocional ao longo do filme. Logo no início ela é brutal, mas, à medida que o fim se aproxima, penso que ela se vai perdendo.
               É um bom filme, não um grande filme, certamente não merecedor do Óscar de melhor filme, mas com certeza com todo o mérito para o de melhor ator secundário.
               Talvez o maior chamativo desta película seja os seus protagonistas e o “alarido” de que é alvo.

Nota:3/5

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