O novo filme de Guillermo del Toro começa com a chegada de Sally a Rhode Island, para morar com o seu pai e a sua nova namorada Kim. Vão viver para um mansão do século XIX, que estão a restaurar.
Cedo a pequena Sally vai encontrar uma cave escondida onde vivem pequenos gnomos/fadas, que se alimentam dos habitantes desta mansão, principalmente de crianças. O grande obstáculo de Sally é fazer com que o seu pai e a madrasta acreditem nela, em vez de pensarem que tudo não passa de uma maneira de chamar atenção para o descontentamento de ter sido abandonada pela mãe.
Uma das coisas que me desagradou neste filme foram mesmo estes pequenos seres. Numa altura em que já vimos todos os tipos de monstros e criaturas, estes seres parecem ter sido pouco trabalhados e demonstram grande interesse. E é mesmo quando estes começam a aparecer com mais regularidade que o filme entra numa espiral descendente. Enquanto, que no início, temos um bom filme de terror, graças aos jogos de luzes e sons e aos estragos provocados pelos seres que nunca chegamos a ver. Porém, na segunda metade do filme temos uma presença mais real dos monstros, afastando assim o filme do seu género e a aproximá-lo de um filme de acção.
Temos uma boa prestação dos actores e o cenário tem um ambiente noir, que já é raro encontrar em filmes. O ritmo começa a acelerar quando Kim começa a acreditar na sua enteada e tenta descobrir o que se passa nesta casa.
Este é um bom remake do filme dos anos 80, embora com umas ligeiras diferenças, tais como neste filme termos uma criança como protagonista, ao contrário do original em que era uma mulher sem filhos, e os monstros a serem gerados por computador em vez dos fatos de anões presentes no original. É um filme mediano que podia ser melhor se se mantivesse ao longo do filme o mesmo tom que no início.
Nota:3,5/5
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